Estudo da VOLL revela uma mudança no comportamento do viajante corporativo no período

Um levantamento feito pela VOLL, com uma base de 750 mil usuários em seu aplicativo, revela uma mudança de comportamento do viajante corporativo no primeiro trimestre deste ano. De janeiro a março de 2025, o volume de turistas que viajaram de avião a trabalho cresceu 47% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O número é expressivo, uma vez que, em contrapartida, o tíquete médio foi 14% mais alto.
“O mercado de Turismo corporativo é muito tracionado por dias úteis, uma vez que é quando as empresas funcionam. Logo, os viajantes corporativos se programam para fazer negócios no período. Ao considerarmos apenas o intervalo entre o Réveillon e o Carnaval, vale destacar que em 2024 nós tivemos 29 dias úteis até a sexta-feira antes do feriado, enquanto em 2025 foram mais de 40. As empresas não desperdiçaram esses dias para começarem a se programar para viagens apenas depois do Carnaval, como costuma acontecer. O mercado corporativo aproveitou essa condição do calendário para fazer reuniões, eventos, convenções em outras cidades e fecharam mais negócios”, disse Luiz Moura, cofundador da VOLL e conselheiro de Turismo da FecomercioSP.

Dados da Agência Nacional de Aviação Civil reforçam que os primeiros meses do ano foram intensos nos aeroportos do País. Com 7,2 milhões de passageiros transportados no mercado doméstico, fevereiro deste ano teve a maior movimentação para o mês em cinco anos, número que representou um crescimento de 7% em re
lação a fevereiro de 2024.
Ainda segundo os dados da VOLL, os cinco aeroportos que mais receberam viajantes corporativos, a partir de São Paulo foram:
1 – Aeroporto Santos Dumont (Rio de Janeiro)
2 – Aeroporto Internacional Afonso Pena (Curitiba)
3 – Aeroporto Internacional de Confins (Belo Horizonte)
4 – Aeroporto Internacional de Brasília (Brasília)
5 – Aeroporto Internacional Salgado Filho (Porto Alegre)
Projeção para as viagens corporativas em 2025
Em uma projeção para as viagens corporativas em 2025, feita durante o Primeira Classe, evento promovido pela VOLL em março, o presidente do conselho de Turismo da FecomercioSP, Guilherme Dietze, destacou que são elas as que, tradicionalmente, puxam o Turismo nacional.
“Embora a política fiscal precise de ajustes, acredito que o crescimento de 3,4% do Produto Interno Bruto no ano passado, acima dos 2% inicialmente previstos, e o registro da menor taxa de desemprego da série histórica do IBGE, de 6,2%, somado ao aumento do poder de compra dos trabalhadores favorecerão tanto o consumo básico quanto o lazer e o Turismo este ano”, afirma o economista.
Em 2024, o turismo nacional bateu recorde histórico, com alta de 4,3% no setor em relação ao ano anterior, e faturou R$ 207 bilhões.
Ao abordar o contexto atual do cenário macroeconômico brasileiro e seus desafios globais, Dietze afirma que:
“É habitual da economia de nosso País ter períodos de altos e baixos, e não à toa somos um mercado tão criativo e resiliente. O que temos que fazer é aproveitar os momentos e as oportunidades que eles oferecem”, conclui o economista.
Fonte: Panrotas